Destaque em cartografia, setor de SC ajudou Brumadinho após rompimento de barragem



Foram repassadas informações acerca do deslocamento de prédios provocado pela avalanche de lama.
A barragem, administrada pela Vale, se rompeu dia 25 de janeiro.(Foto: André Ávila / Agência RBS))

Fonte: NSC
Muito se falou sobre a participação de bombeiros catarinenses no resgate às vítimas na cidade mineira de Brumadinho, onde no dia 25 de janeiro vazou a barragem de rejeitos da Vale. Também o setor de cartografia foi acionado. Mesmo à distância, houve colaboração com as autoridades do Estado de Minas Gerais. Juntamente com o Laboratório de Cidades Humanas, Inteligentes e Sustentáveis (LabCHIS) foram repassadas informações acerca do deslocamento de prédios provocado pela avalanche de lama.
— Temos expertise em mapeamento de área de risco. Sugerimos tipos de software para a confecção de mapas levando em conta as características do tipo de catástrofe — explica o engenheiro cartógrafo Thobias Leôncio Rotta Furlanetti, diretor de Estatística e Cartografia na Secretaria de Estado do Planejamento.
Furlanetti destaca o impacto da atividade cartográfica para as condições de vida das populações:
— Não tem como fazer uma política pública, gerir ou monitorar, se não conhecer a territorialidade.
Furlanetti diz que o serviço de estatística e cartografia do Estado precisa crescer com a sociedade e acompanhar a evolução tecnológica para que as informações espaciais sejam divulgadas e usadas para o desenvolvimento dos municípios e regiões.
Nesta semana houve a mudança física da coordenação, antes no prédio da Secretaria de Planejamento, no Centro Administrativo do Estado, para a Defesa Civil, na região continental. Thobias afirma que continuará a trabalhar para a valorização do setor. Assim como na defesa da criação de um instituto de estatística e cartografia, a exemplo do que já existe em outros estados.
— Muitas decisões são tomadas sem olhar para as informações e dados disponíveis. Hoje, temos tudo bastante fragmentado e isso é prejudicial. É preciso um trabalho cooperativo, pois o conceito de territorialidade se faz cada vez mais dinâmico.

Um mosaico de 8,8 milhões de caras

É através da cartografia, ciência responsável por elaborar e estudar mapas e representações cartográficas, que se pode acompanhar a evolução do traçado, o desmembramento de área e o surgimento de novos municípios. Quem observa o começo da territorialidade catarinense, observa São Francisco do Sul, o mais antigo dos municípios, e Lages, um dos mais extensos, se desgarrem da Capitania de São Paulo.

Assim como Chapecó tendo o território retalhado até a fronteira da Argentina, fazendo surgir um campo cheio de novas unidades municipais. Além do Acordo de Limites entre Paraná e Santa Catarina, posterior a Guerra do Contestado (1912-1916), dando origem a Joaçaba, desmembrado de Palmas.

No último capítulo do Atlas Geográfico os autores Rosana Baeninger e Pier Francesco De Maria ajudam a humanizar o levantamento. Doutora em Ciências Sociais pela Universidade de Campinas (Unicamp), Rosana se junta a De Marica, doutor em Demografia, para detalhar as características gerais da população catarinense. Os capítulos analisam as mudanças gerais dos habitantes catarinenses, a evolução dos últimos 70 anos e fazem projeções até 2050, que chegará a metade do século com 8,8 milhões de pessoas vivendo no território catarinense.

Projeções de população para SC - 2015 a 2030

População em 2015: 6.802.306
População em 2020: 7.252.502
População em 2030: 8.009.480
População em 2040: 8.535.304
População em 2050: 8.867.714

São Chico em Foco

Não é que sou fofoqueiro, mais é que não gosto de guardar segredos . E qdo a novidade é bafônica tem que passar pra frente o mais rápido possível. Não estou certo ?! hahaha

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